sexta-feira, 6 de junho de 2008

Só te peço ... Não me diga o que fazer

Só te peço, só te digo
Talvez para que sinta pena,
Mas não gosto que sinta pena.
Só te peço que me escute,
Que escute o que eu digo,
Que escute o meu silêncio
E que não me interrompa!
E se eu te disser algo, me ouça,
Permita-me falar e não me diga o que fazer.

Sinto a minha vida como
Construída no vazio da fuga,
Na fuga de mim mesmo ou não
De viver na superficialidade do sorriso,
Na fuga do confronto,
No medo de perder tudo,
De manter todas as possibilidades
E de nunca escolher,
No medo de fazer e perder.

Fugir, fugir ... muito confortador
E ao mesmo tempo nada ... nada.
A felicidade não é acertar,
Não nesse mundo,
Porque em última análise
Sempre devemos, o acerto é ilusão
Se alguma felicidade pode ser alcançada,
Ou vista, ou abraçada, ou tocada com a ponta dos dedos,
É de compreender e ser compreendido nos meus problemas,
Nos teus problemas, nos deles.

Mas não me diga o que fazer,
Jamais diga, apenas compreenda,
Mas te compreendo se não compreender,
Porque também não compreendo
E talvez este seja o único compreender possível!
Não me diga o que fazer!!!!!